A força do primeiro-ministro e a fraqueza das instituições

O mais interessante na polémica entre os dois Costas é aquilo que esse episódio revela da forma como o primeiro-ministro exerce o poder.

Esqueçam a árvore e olhem para a floresta. O mais interessante na polémica entre os dois Costas, a propósito do caso Isabel dos Santos, não está em saber quais as exactas palavras que saíram da boca de um ou de outro, mas aquilo que esse episódio revela da forma como o primeiro-ministro exerce o poder. Era a tese do meu último artigo: a devoção de António Costa às portas fechadas — a que ele chama “sentido de Estado” — deriva de uma opção fundamental pelo exercício informal do poder em detrimento do exercício institucional, uma prática que tem longa — e péssima — tradição na democracia portuguesa.

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