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Frustração no trabalho leva 54% a candidatar-se a novo emprego

Estudo da Robert Walters, que inclui Portugal, conclui que as culturas tóxicas no local de trabalho podem ser invisíveis, mas o efeito de arrastamento para a felicidade dos funcionários é profundo. Bater com a porta é o passo seguinte.
  • Técnicos e Trabalhadores de pré-impressões
16 Maio 2023, 15h45

Mais da metade dos profissionais entrevistados (54%) no âmbito de um estudo da empresa especializada em recrutamento Robert Walters admitiu ‘’candidatar-se furiosamente’’ a um novo emprego desde o início do ano.

Dos que admitiram ter-se candidatado nos últimos seis meses, mais de metade (56%) revelou ter concorrido a várias funções num curto espaço de tempo.

O estudo da Robert Walters envolveu 400 profissionais em vários países da Europa, incluindo Portugal, foi realizado através do Linkedin poll e visou avaliar o rage applying, movimento que leva uma pessoa a candidatar-se a outro emprego por estar frustrada com o próprio trabalho num determinado momento.

O grande desencadeador da raiva é a cultura tóxica no local de trabalho: 49% dos inquiridos admitiu ter usado o teclado para candidatar-se a um novo emprego justamente por essa razão.

Já cerca de um quinto dos trabalhadores culpou a falta de equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada (26%) e 18% apontaram o dedo à carga de trabalho incontrolável.

Apenas 6% justificaram uma candidatura “furiosa” nos últimos seis meses devido a um desacordo com a administração.

“Continua a ser um mercado orientado para os candidatos, com mais empregos do que profissionais disponíveis, pelo que a ‘candidatura furiosa’ é realmente algo que a maioria dos empregadores não se pode dar ao luxo de acontecer”, afirma François-Pierre Puech, diretor da Robert Walters Portugal.

“Curiosamente, não são questões relacionadas com remuneração ou progressão que estão a provocar essa reação, mas o próprio ambiente de trabalho, algo bem sob o controle do empregador”, explica o gestor.

Justifica: “As culturas tóxicas no local de trabalho podem ser muito invisíveis, mas o efeito de arrastamento para a felicidade dos funcionários é significativo  – desde a segurança mental e física dos membros da equipa no local de trabalho, níveis de produtividade, geração de ideias e inovação”.

De acordo com a Robert Walters,  a confiança na liderança é um fator-chave quando se trata de reduzir a cultura tóxica no local de trabalho  – à frente de uma força de trabalho desmotivada e colegas/cultura competitivos.

 

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