Um enviado especial da China, Li Hui – antigo embaixador na Rússia que recebeu a Ordem da Amizade em 2019 – chegou à capital da Ucrânia, Kiev, para conversar com as autoridades ucranianas. A visita é a de mais alto nível de um representante de Pequim a ir até à Ucrânia desde que a Rússia lançou a invasão.
Pequim, que não condenou a agressão russa contra o seu vizinho, disse, segundo as agências internacionais, que a viagem de Li Hui em 17 de maio visa discutir uma “solução política” para a guerra na Ucrânia. Ainda segundo as mesmas fontes, o enviado chinês deve encontrar-se com o presidente Zelensky, entre outros altos responsáveis, mas esse encontro não está confirmado.
No início deste ano, os países ocidentais rejeitaram a proposta de paz de 12 pontos que a China gizou – uma vez que não impunha o regresso da Rússia para trás das fronteiras que existia até 24 de fevereiro de 2022.
Li Hui também visitará a Polónia, a França e a Alemanha durante a viagem, disse o Ministério das Relações Exteriores da China, sem fornecer detalhes da agenda. A visita ocorre no momento em que vários Estados da União Europeia estão a debater um novo pacote de sanções contra a Rússia – que pode afetar empresas chinesas e iranianas que mantêm interesses negociais e comerciais com Moscovo e permitem por sua via o acesso a bens por parte do país invasor.
Um conselheiro do gabinete do presidente ucraniano disse à Reuters, no mês passado, que a Ucrânia tem uma lista em crescendo de componentes da China a serem usados para o fabrico de armas na Rússia.
Por outro lado, alguns países da União estão a debater a possibilidade de fornecimento de aviões de guerra à Ucrânia – como parte do esforço em preparação para uma grande movimentação de tropas contra os invasores. Aparentemente, a China pretende que esta escalada seja limitada ou mesmo contida – sendo com certeza por isso que Li Hui estará nos próximos dias no continente europeu.
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