Luís Montenegro quer “ir à procura de uma maioria absoluta”

O presidente do PSD salientou que os socialistas “não mereceram a confiança” que tiveram com o resultado das eleições legislativas de Janeiro deste ano.

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Luís Montenegro, na tomada de posse da Comissão Política Distrital do Porto, em Penafiel LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

O presidente do PSD afirmou sábado à noite que quer ir “à procura de uma maioria absoluta” e salientou que os socialistas “não mereceram a confiança” que tiveram com o resultado das eleições legislativas de Janeiro deste ano. “Eu quero muito contar convosco e quero, mesmo muito, convosco ir à procura de uma maioria absoluta no parlamento, para termos as condições que nunca tivemos nos últimos anos de governar Portugal, como aquelas que o Partido Socialista tem hoje e que está a desbaratar”, afirmou Luís Montenegro, durante uma intervenção na cerimónia de tomada de posse dos órgãos da Distrital do Porto do PSD, em Penafiel.

O líder dos sociais-democratas criticou duramente o primeiro-ministro, António Costa, e o PS, que acusou de não estar a saber aproveitar a maioria absoluta que alcançou em 30 de Janeiro.

“Doutor António Costa, de facto, é imperdoável. Como é que um partido e uma liderança tem tantas condições e é capaz de as desperdiçar de uma forma tão ligeira, às vezes mesmo tão leviana”, questionou.

“De facto, aquilo que hoje se pode dizer é que o doutor António Costa e o Partido Socialista não mereceram a confiança que tiveram”, apontou.

Depois de ter começado o discurso a dizer que “cada vez mais” o PS, o primeiro-ministro e o Governo “andam nervosos”, tendo “razões para isso” porque o PSD “está mais forte”, Luís Montenegro atribuiu o nervosismo socialista às falhas cometidas.

O líder do PSD respondeu ainda às declarações de hoje de António Costa, que acusou os adversários políticos de não perdoarem a maioria absoluta dos socialistas, avisando que “tudo farão para comprometer essa estabilidade”.

“Aquilo que os portugueses não perdoam é um Governo onde reina a confusão, a descoordenação”, disse, deixando uma promessa, mas lembrando que não está nenhuma campanha eleitoral a decorrer. “Nós respeitamos o mandato e vamos fazer tudo para sermos nós a merecer essa confiança, para fazer muito mais e muito melhor do que o Partido Socialista.”

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